Maias Derrotam Monsanto na Guatemala!
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Quem tem os culhões para enfrentar a Monsanto e mandá-la fazer as malas? Os Maias da Guetamala, tem!
A IC Magazine relata sobre a recente vitória do Movimento do povo Maia contra a tentativa da Monsanto de trazer as suas sementes transgênicas e patenteadas para a Guatemala, alterando a diversidade das sementes tradicionais:
No dia 4 de setembro, após 10 dias de protestos generalizados nas ruas contra a expansão da gigante da biotecnologia Monsanto em território guatemalteco, grupos de povos indígenas unidos por movimentos sociais, sindicatos e agricultores e organizações femininas obtiveram uma vitória quando o Congresso finalmente revogou a legislação que tinha sido aprovada em junho.
As manifestações se concentraram do lado de fora do Congresso e Tribunal Constitucional na Cidade da Guatemala, durante mais de uma semana, e coincidiram com várias comunidades e organizações maias defendendo a soberania alimentar por meio de liminares judiciais, a fim de impedir que o Congresso e o presidente, Otto Perez Molina, deixassem a nova lei de proteção de variedade de sementes, conhecida como a “Lei Monsanto”, entrasse em efeito.
Em 2 de setembro, as comunidades maias de Sololá, uma região montanhosa à 125 km a oeste da capital, foram às ruas e bloquearam várias estradas principais. Nesse momento estava circulando uma lista de como os parlamentares votaram individualmente na aprovação da legislação em junho.
Quando o Congresso se reuniu em 4 de setembro, o povo maia estava esperando do lado de fora por uma resposta a favor de seu movimento, exigindo a anulação total da lei – algo muito raramente visto na Guatemala. Mas desta vez eles comprovaram não ter marchado em vão. Depois de algumas batalhas entre o presidente do Partido Patriótico (PP) e do Partido Liberdade Democrática Renovada (Líder), o Congresso finalmente decidiu não rever a legislação, mas cancelá-la.
Lolita Chávez do Conselho Popular do Povo maia resumiu a essência do que tem estado em jogo nestas últimas semanas de protestos pacíficos da seguinte forma: “O milho ensinou a nós, o povo maia, sobre a vida da comunidade e sua diversidade, porque quando se cultiva um milho percebe que há uma variedade de culturas, tais como ervas e plantas medicinais, dependendo da semente do milho também. Nós vemos que nesta coexistência, o milho não é egoísta, o milho nos mostra como resistir e como se relacionar com o mundo em volta“.
Lei envolve controvérsias
A Lei Monsanto teria dado exclusividade sobre as sementes patenteadas para um punhado de empresas transnacionais. O povo maia e organizações sociais afirmaram que a nova lei viola a Constituição e o direito do povo maia ao cultivo tradicional de sua terra em seus territórios ancestrais.
Antonio González da Rede Nacional em Defesa da Soberania Alimentar e Biodiversidade comentou em uma conferência de imprensa em 21 de agosto: “Esta lei é um ataque a um sistema de cultivo tradicional maia, que é baseado na plantação de milho, mas que também inclui feijão preto e ervas; estes alimentos são uma parte substancial da dieta básica da população rural“.
A nova legislação teria aberto o mercado para as sementes geneticamente modificadas que teria ameaçado as sementes naturais e acabar com a sua diversidade…
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