quinta-feira, 17 de julho de 2014

ALTAS CONCENTRAÇÕES DE POTÁSSIO

Altas concentrações de potássio


A hipercaliemia (valor elevado de potássio sanguíneo) é uma concentração de potássio no sangue superior a 5 miliequivalentes (mEq) por litro de sangue.
Em geral, a concentração elevada de potássio no sangue é mais perigosa do que a baixa. Uma concentração superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa por afectar o sistema de condução eléctrica do coração. Se o nível no sangue continuar a aumentar, o ritmo cardíaco torna-se anormal e o coração pode deixar de bater.
A hipercaliemia verifica-se em geral quando os rins não excretam potássio suficiente. É provável que a causa mais frequente de hipercaliemia ligeira seja o uso de medicamentos que evitam a sua excreção através dos rins, como o triamterene, a espironolactona e os inibidores do enzima conversor da angiotensina.
A hipercaliemia também pode ser provocada pela doença de Addison, na qual as glândulas supra-renais não produzem quantidades suficientes das hormonas que estimulam os rins para excretar potássio. (Ver secção 13, capítulo 146) A doença de Addison é uma causa cada vez mais frequente de hipercaliemia, devido ao aumento de pessoas com SIDA que apresentam problemas nas suas glândulas supra-renais.
Uma insuficiência renal, parcial ou completa, pode causar uma hipercaliemia grave. Por isso, os indivíduos com função renal deficiente devem evitar os alimentos com alto conteúdo de potássio.
A hipercaliemia também pode verificar-se quando uma grande quantidade de potássio sai repentinamente do interior das células; isso pode acontecer quando se destrói uma grande quantidade de tecido muscular (como num esmagamento) e em casos de queimaduras graves ou de sobredose de cocaína crack. A chegada rápida de potássio ao sangue pode ultrapassar a capacidade dos rins para o excretar e pode causar uma hipercaliemia potencialmente mortal.
Sintomas
A hipercaliemia ligeira provoca poucos ou nenhum sintoma. Em geral, diagnostica-se pela primeira vez quando se fazem análises de sangue ou quando se notam alterações num electrocardiograma. Em alguns casos, podem-se manifestar sintomas como um batimento cardíaco irregular, que pode ser percebido como palpitações.
Tratamento
O tratamento imediato é essencial quando a concentração de potássio no sangue aumenta acima de 5 mEq por litro, num indivíduo com mau funcionamento renal, ou acima de 6 mEq por litro, numa pessoa com funcionamento renal normal.
Pode-se eliminar o potássio do corpo através do aparelho digestivo, dos rins ou por meio da diálise. Também se pode eliminar induzindo diarreia ou com a ingestão de um preparado que contenha uma resina que absorve o potássio.
Essa resina não é absorvida pelo aparelho digestivo, de maneira que o potássio sai do corpo juntamente com as fezes.
Quando os rins funcionam bem, pode-se administrar um diurético para aumentar a excreção.
Quando for necessário um tratamento ainda mais rápido, administra-se uma solução endovenosa que contenha cálcio, glicose ou insulina. O cálcio contribui para proteger o coração contra os efeitos do excesso de potássio, mas esta protecção dura apenas alguns minutos.
A glicose e a insulina conduzem o potássio desde o sangue até ao interior das células, fazendo desse modo descer a sua concentração no sangue. Quando estas medidas não surtem efeito ou em caso de disfunção renal, pode ser necessária a diálise.



Fontes de potássio
Suplementos de potássio.
Substituto do sal (cloreto de potássio).
Bananas.
Tomates.
Laranjas.
Melões.
Batatas e batata-doce.
Espinafres, nabo-verde, couve-galega verde, couve comum e outros vegetais de folhas verdes.
Amaioria das ervilhas e dos feijões.

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